O maior evento folclórico a céu aberto do mundo, o Festival de Parintins, no Amazonas, não é apenas superlativo em sua grandiosidade, mas também um vibrante símbolo da rica cultura amazônica, onde as cores, sons e tradições se unem em uma celebração única que emociona e encanta o público. Mas o festival também é um motor vital para a economia local. O Caminhos da Reportagem esteve no interior do Amazonas para acompanhar essa celebração cultural que movimenta todos os anos o maior estado do país.
A cidade se divide entre os dois grupos folclóricos, que competem todos os anos: o Boi Garantido (vermelho) e Boi Caprichoso (azul). Mas bem antes dos dois entrarem no Bumbódromo, a cidade se prepara o ano inteiro para o período do festival. Otília Góes, por exemplo, faz da própria casa uma pousada durante a festa. E construiu um anexo para ganhar ainda mais uma renda extra. “A gente praticamente aluga de um ano pra outro e os próprios turistas indicam pros outros pro ano seguinte”, afirma Otília.
Anualmente, o evento movimenta mais de R$ 65 milhões na região. “O festival hoje é a mola propulsora da economia local e é importante não só pro município, mas para o estado, porque através da cultura, dessa força que o boi tem, muitas portas se abrem, investimentos chegam a partir do sucesso que é o evento”, afirma Marcos Apolo Muniz, secretário de Cultura e Economia Criativa do Amazonas.
Uma das atrações, além das que são apresentadas na arena, são os triciclos, que são bicicletas adaptadas com 3 rodas, que carregam até 4 pessoas. O transporte, além de barato, não é poluente e o melhor meio para conhecer a cidade e se locomover por ali. Cada tricicleiro carrega uma média de 200 pessoas durante os dias do festival. Uma renda extra que ajuda o ano todo.
Esta e outras histórias sobre o festival que mantém a herança cultural e também leva desenvolvimento para a região fazem parte do episódio “Parintins – a arte da sustentabilidade”, produzido pela TV Encontro das Águas, parceira da TV Brasil.
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