Ex-BBB, advogada de Deolane é indiciada por esquema de R$ 2,5 bilhões
Investigação aponta que Adélia Soares criou empresa de fachada e transferiu quantias à China
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Ela é defensora da influenciadora Deolane Bezerra, que está presa por envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro e prática de jogos ilegais que teria movimentado R$ 2,2 bilhões.
Segundo a investigação da Delegacia do Lago Norte de Brasília, Adélia abriu uma empresa para lavar dinheiro de jogos de apostas e se associou a chineses para enviar quantias volumosas de dinheiro para o exterior.
A análise da polícia pelas movimentações financeiras da principal empresa investigada é que o esquema tenha movimentado cerca de R$ 2,5 bilhões, sem anuência do Banco Central.
Segundo a polícia, esse esquema apontado, porém, não tem ligação direta com Deolane Bezerra.
Adélia ficou conhecida nacionalmente após participar do reality show Big Brother Brasil, na 16ª edição, tendo sido a sexta eliminada em um paredão triplo, ao lado de Munik e Ronan.
O esquema
A polícia diz que os elementos da investigação demonstraram que criminosos chineses enviaram emissários ao Brasil para ‘operacionalizar’ cassinos ilegais. Esses chineses abriram diversas empresas de fachada com a cooptação da advogada Adélia Soares. Uma delas, a Anspacepay, de pagamentos.
A PCDF também cita a empresa de pagamentos PlayFlow em nome de Adélia para recebimentos de pagamentos.
“Com referidas empresas e pela cooperação da Anspacepay e outras instituições de pagamento, abriram contas para receber dinheiro por meio de acesso indireto ao sistema pix”, diz o relatório policial.
Segundo a investigação, os valores recebidos dessas apostas eram depois remetidos ao exterior por operações de câmbio fraudulentas (eFX).
A apuração então constatou que a abertura de empresas de fachada que passaram a funcionar como instituições de pagamento controladas por estrangeiros de pagamento nacionais que funcionavam sem autorização do Banco Central, “instrumentalizando o acesso indireto das empresas de fachada ao sistema pix”.
Investigadores dizem que houve também uso de CPF de pessoas mortas para remessas das apostas ao exterior via empresa Anspacepay.
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