Seja bem-vindo
Campina Grande, Paraíba,19/09/2024

  • A +
  • A -

Paraibana Cátia de França é indicada ao Grammy Latino 2024

A Academia Latina da Gravação anunciou hoje por meio de suas redes sociais os indicados, entre ele Cátia de França

Com assessoria
Paraibana Cátia de França é indicada ao Grammy Latino 2024 @Divulgação

A artista paraibana Cátia de França foi indicada ao Grammy Latino 2024. Ela concorrer na categoria “Melhor Álbum de Rock ou Alternativo em Português”, com o trabalho “No Rastro de Catarina”. Ela vai concorrer diretamente com Erasmo Carlos, Ana Frango Elétrico,  Jovem Dionisio e Lagum.

Cátia de França , cujo nome de batismo é Catarina Maria de França Carneiro tem uma música inspirada na literatura, fazendo referências à obra de Guimarães Rosa, José Lins do Rego, Manoel de Barros, além de João Cabral de Melo Neto, mas que também é definida pela mesma como “popular mundial”, por incluir referências que vão desde os nordestinos Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, até Elvis Presley, Beatles e o mineiro Clube da Esquina.

A Academia Latina da Gravação anunciou hoje por meio de suas redes sociais os indicados à 25ª edição do Grammy Latino, que acontecerá no dia 14 de novembro no Kaseya Center, em Miami, na Flórida.

O que diz a crítica

O crítico Antônio Lira analisa o disco da artista paraibana. Segundo ele, a música de Cátia de França é fruto de toda sua firmeza em relação à sua personalidade, história e princípios. Uma mulher negra, lésbica, nordestina que criou seu som com base na música popular do Nordeste em um país que até hoje não lida bem com abrir espaços para artistas fora da norma. 50 anos de sua carreira passaram, e Cátia de França, que continua a mesma, agora ganha mais reconhecimento por sua arte.

No Rastro da Catarina é um disco que reafirma a expressão identitária das suas composições, marcadas por suas reflexões e críticas. Além das letras, existe a estética sonora da paraibana: o rock, com melodias sedutoras na guitarra, que se apoia nos elementos da música popular nordestina – que ganha força pela percussão, viola e violão.



O disco cria uma relação com a própria história de Cátia já a partir do título, que faz uma referência ao verso “No Raso da Catarina, o que vejo é nossa sina”, de “Quem Vai Quem Vem”, faixa do emblemático 20 Palavras ao Redor do Sol, álbum de estreia da cantora; além da alusão ao seu nome fora dos palcos, Catarina. Todas essas referências criam uma simbologia ao redor dela e de sua obra, uma espécie de sobreposição entre sua imagem mais jovem, no início da carreira, e ela agora, mais velha e sendo redescoberta dentro da própria MPB, como bem ilustrado em “Fênix”, faixa que abre o disco.

Ao longo do álbum, Cátia explora os aspectos de sua subjetividade e todas as lutas que ela reivindicou para si. “Negritude” já dá o tom pelo título, numa perspectiva ao mesmo tempo individual e coletiva sobre o orgulho e luta do povo negro brasileiro, um discurso desafiador que segue na música seguinte, “Espelho de Oloxá”, que é a declaração de alguém que não para de lutar e permanece atenta e confiante na mudança.

Em alguns momentos a firmeza e a força de luta dão lugar às reflexões, como na bela “Malakuwaya”, que fala sobre o envelhecimento e o autoconhecimento de Cátia no seu corpo atual, aos 77 anos, e os significados que vêm com as rugas e os cabelos brancos. Nesta segunda metade do álbum, que traz músicas mais calmas, também ficam as românticas “Indecisão” e “Meu Pensamento II”.




COMENTÁRIOS

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.