PF prende Raíssa Lacerda em operação contra aliciamento eleitoral
A parlamentar é investigada por participar do crime e já havia sido alvo de busca e apreensão recentemente
A vereadora Raíssa Lacerda (PSB) foi presa na manhã desta quinta-feira (19) durante a operação Território Livre II, que visa o combate a aliciamento violento de eleitores.
A parlamentar é investigada por participar do crime e já havia sido alvo de busca e apreensão recentemente. Hoje, os mandados foram cumpridos no Bairro São José, Miramar e Alto do Mateus.
Além de Raíssa, mais três pessoas foram presas. Pollyanna Dantas, que segundo a investigação usaria a influência para determinar quem poderia ser votado no Bairro São José, Taciana Nascimento, exercia, de acordo com a PF, influência no Bairro São José, e Kaline Nascimento, articuladora de Raíssa no Alto do Mateus.
Ao decretar as prisões, a Justiça Eleitoral apontou que o diálogo de conversas obtidas nos celulares dos investigados confirmam o indício da prática de coação e controle de facção criminosa ligada ao tráfico de drogas para fins eleitorais.
Os alvos foram levados para exame de corpo delito e em seguida ficarão à disposição da Justiça na sede da PF em João Pessoa.
Em nota, a Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) disse que a sua Procuradoria-Geral vem acompanhando de perto os desdobramentos da Operação Território Livre, da Polícia Federal e que “a Casa do Povo, composta por representantes legítimos da população, confia no trabalho da Justiça e no devido processo legal”.
“A Casa de Napoleão Laureano e seus representantes defendem de forma intransigente o direito constitucional de ir e vir das pessoas e vão acompanhar de perto o desenrolar das investigações”, completa o texto.
Raíssa nega ligação com tráfico e aliciamento político: “Mentira cavilosa”
A parlamentar afirmou, por meio de nota divulgada nas redes sociais, que é vítima de “ardilosa perseguição eleitoral”.
Em texto divulgado por seu gabinete, a parlamentar rebateu as acusações de liderar um esquema de aliciamento violento político. “Afirmo se tratar de uma mentira cavilosa com o intuito de prejudicar a minha exitosa campanha que está espalhada por toda João Pessoa”, diz o texto.
“Quanto as perversas acusações, sem nenhuma prova, que tentam denegrir o meu caráter, volta a repelir com a coragem dos inocentes, e afirmo que tudo será esclarecido, e que os verdadeiros culpados e acusadores, tenham um pouco de caráter e saiam do anonimato”, prossegue.
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