Deolane após deixar cadeia: ‘Fui querer ser amostradinha e passei mais 14 dias presa’
nfluenciadora digital deixou a Colônia Penal Feminina de Buíque, no Agreste de Pernambuco, mais cedo
Por meio um vídeo nas redes sociais, a influenciadora digital Deolane Bezerra se pronunciou nessa terça-feira (24) após deixar o Colônia Penal Feminina de Buíque, no Agreste de Pernambuco (PE).
Ela passou 20 dias detida e foi beneficiada por uma decisão judicial na segunda-feira (23) que determinou a soltura de investigados na Operação Integration, que apura lavagem de dinheiro envolvendo apostas ilegais.
“Vamos conversar ainda, tá”, disse Delone na gravação direcionada aos fãs. “Estou aqui, com mamys, contando as aventuras da cadeia. Eu estava presa, meu Deus do céu. Já comi uma tripinha. Vou falar tudo com vocês aqui, só estou organizando as ideias. Fui querer ser amostradinha e passei mais 14 dias presa. É tanta coisa para contar, mas estou firme e forte, acreditando sempre na Justiça de Deus, porque ele é fiel e justo, ele cumpre e vocês não irão se arrepender de ter me apoiado, aos que apoiaram, né.”
Horas antes de publicar o vídeo nas redes sociais, Deolane compartilhou uma foto, ao lado da mãe, em que a elogia e cita uma passagem da Bíblia. “A mulher mais forte do mundo”, escreveu a influenciadora. “Eu não iria embora sem a senhora, nunca. Obrigada por tudo, minha super mãe. Esperei com paciência no senhor, e ele se inclinou para mim, e ouviu o meu clamor. ‘Salmos 40′. Obrigada Deus, eu sempre confiei em Ti.”
No início deste mês, a influenciadora obteve um habeas corpus e saiu da cadeia, mas ficou livre por aproximadamente 24 horas. Ela teve de voltar à prisão depois de descumprir medidas cautelares impostas pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco, que tinha proibido Deolane de dar entrevistas — na saída da prisão, ela falou rapidamente com apoiadores e a imprensa.
Contudo, nessa segunda, o desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, da 4ª Câmara Criminal do Recife, permitiu que Deolane, a mãe dela, Solange Bezerra, e outras 15 pessoas que haviam sido presas preventivamente fossem soltas. Conforme Maranhão, até o momento, não foi oferecida denúncia contra os investigados. Desse modo, não há motivo para que eles continuem presos.
A operação que prendeu Deolane
A Operação Integration foi deflagrada em 2023 pela Polícia Civil de Pernambuco, com colaboração das polícias civis de São Paulo, Paraná, Paraíba e Goiás. A ação mira uma organização criminosa suspeita de envolvimento em jogos ilegais e lavagem de dinheiro.
As autoridades dizem que entre os alvos estão grupos ligados a sites de apostas esportivas e que há indícios de que essas empresas eram usadas para lavar dinheiro do jogo do bicho.
Segundo o Ministério da Justiça, a organização usava várias empresas de eventos, publicidades, casas de câmbio e seguros para lavar dinheiro por meio de depósitos, transações bancárias e compra de veículos de luxo, aeronaves, embarcações, joias, relógio de luxo, além da aquisição de centenas de imóveis.
A investigação começou com uma apreensão de R$ 180 mil e foi dividida em três fases: aquisição, ocultação e integração do dinheiro ao patrimônio dos envolvidos — esta última é a que motivou a prisão de Deolane e o pedido de prisão do cantor Gusttavo Lima, na segunda-feira (23), que já foi revogado pela Justiça.
Um avião apreendido no começo do mês está em nome da empresa do sertanejo, mas era operado pela J.M.J Participações Ltda., de José André da Rocha, dono da Vai de Bet. A Justiça entendeu que o artista ocultou R$ 22 milhões da venda da aeronave e outros R$ 9,7 milhões provenientes de jogos ilegais.
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