Sínodo 2024: Papa alerta para «diálogo de surdos» e pede que assembleia valorize trabalho dos últimos anos
A segunda sessão da Assembleia Sinodal acontece três anos após uma consulta global lançada pelo Papa
O Papa presidiu nesta quarta-feira (02) à missa de abertura da segunda sessão da XVI Assembleia Geral do Sínodo, no Vaticano, pedindo que o encontro evite transformar-se num “diálogo de surdos”.
“Tenhamos o cuidado de não transformar os nossos contributos em teimosias a defender ou agendas a impor, mas ofereçamo-los como dons a partilhar, dispostos também a sacrificar o que é particular, se isso servir para juntos fazermos nascer algo novo, segundo o projeto de Deus. Caso contrário, acabaremos por nos fechar num diálogo de surdos”, alertou, na homilia da celebração, que reuniu milhares de pessoas na Praça de São Pedro.
Os participantes no Sínodo entraram numa procissão solene, ao longo de vários minutos.
A segunda sessão da Assembleia Sinodal acontece três anos após uma consulta global lançada pelo Papa.
“Com respeito e atenção, na oração e à luz da Palavra de Deus, a todos os contributos recolhidos ao longo destes três anos de intenso trabalho, partilha, confronto de ideias e paciente esforço de purificação da mente e do coração”, referiu Francisco.
O Papa admitiu que o encontro tem muitos temas a abordar, acrescentando que “os cenários em que se inserem são amplos, universais”.
“Abraçar, proteger e cuidar faz parte da própria natureza da Igreja, que é, por vocação, um lugar hospitaleiro de encontro”, acrescentou.
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